Debates, filmes, reflexão
(entrada gratuita)
Filme “Augusto Boal e o Teatro do Oprimido”, de Zelito Viana
quinta-feira, dia 7 de fevereiro, 21h30
O filme narra a trajetória do teatrólogo Augusto Boal desde o Teatro de Arena de São Paulo até os dias de hoje. Em paralelo, mostra a evolução do Teatro do Oprimido, presente em 72 países desde os anos 70, cuja filosofia é romper a barreira entre ator e público, propondo uma ação política libertadora. Augusto acreditava que as artes cênicas funcionam como meio de transformação subjetiva do ser humano e transformação objetiva da sociedade, ponto de partida para o TO, onde o/a espectador/a adquire voz, movimento, som e cor, e pode exprimir desejos e ideias.
Brasil, 2011. Duração: 62 minutos. Realizador: Zelito Viana, roteiro: Marco Borges, fotografia: Chris Jafas/Aruanã Cavalleiro, montagem: Aarão Marins, banda sonora: Francis Hime
filme comentado por Chullage e Filipa CostaDebate “A Europa em crise. A palavra aos movimentos sociais, campanhas e coletivos ativistas”
Sexta-feira, 8 de fevereiro, 14h30 – 16h30
Mergulhado na austeridade, o continente europeu tem vivido um processo profundo de regressão social, cujas consequências são um aumento do desemprego, da pobreza, da precarização do trabalho e da vida. Utilizando a dívida como mecanismo de dominação e chantagem, os direitos sociais têm sido atropelados, acentuando-se a exploração de todas as formas de opressão e discriminação. Ao mesmo tempo, têm ressurgido as resistências e temos assistido a um novo ciclo global de protesto em que as ruas e as praças voltam a ser o espaço central da política que conta. Dando voz aos movimentos sociais e às iniciativas políticas cidadãs, este debate pretende fazer o diagnóstico do que vivemos, identificar as campanhas e as lutas políticas que estão no terreno e pôr em comunicação os seus elementos.
TO e feminismos. Cruzamentos necessários.
Sexta-feira, 8 de fevereiro, 18h
Espaço aberto de discussão sobre o aprofundamento das articulações entre as teorias e práticas feministas e o Teatro d@ Oprimid@. Algumas das questões em debate serão: TO, um método feminista? A perspectiva de género pode trazer algo de novo aos jogos de TO? O uso do corpo e o Teatro Imagem. Curingar e as relações de poder.
Debate “Um ensaio da revolução? Dilemas do Teatro do Oprimido na Europa”
Sábado, 9 de fevereiro, 21h30
Nas últimas décadas, na Europa, habituámo-nos a pensar que a revolução não era coisa que tivesse a ver connosco. Mesmo nas oficinas de Teatro da Oprimida é frequente explicar-se a história do método contrapondo o contexto da América Latina, onde as opressões eram duras e políticas, ao contexto europeu, onde a democracia e o Estado social teriam resolvido as grandes contradições materiais e onde as preocupações eram mais de ordem “interna”, individual e existencial, o que teria aliás obrigado Boal a inventar o arco-íris do desejo. Por cá, quando muito, haveria a fazer uma “revolução interior”, mais de ordem psicológica do que política.
Mas será mesmo assim? Ou este ciclo de lutas que tem ocupado as ruas da Europa dá-nos precisamente a indicação contrária? Por outro lado, como responder aos problemas com que o TO se confronta na Europa, nomeadamente a sua cooptação pelo mercado e pelo Estado, a tecnicização e despolitização do método, o esvaziamento do seu potencial subversivo ou o seu desligamento de lutas sociais concretas? Como resgatar uma visão crítica do Teatro do/a Oprimido/a que possa colocar as questões mais difíceis sem cair na armadilha de criar um receituário técnico que resolveria, pela tecnicização, as dificuldades e contradições políticas da prática do TO?
Debate com a participação de José Soeiro, Julian Boal e Inês BarbosaFilme sobre Festival Jana Sanskriti
12 de fevereiro, 14h30
Comentado por Joana Cruz e Inês Magalhães
Mesa-redonda: Teatro do Oprimido e as lutas sociais em Portugal
Partilha de experiências e reflexão
12 de fevereiro, 17h