Peças

NOSOTRAS

Performance coletiva

19 de março às 18h30 – Estação de Alcântara Terra

Um corpo que cai. Nada acontece. Corpo dois. Não sabemos. Corpo três. Parece que ouvimos algo. Corpo quatro. Contar os corpos. Corpo cinco. Desassossego. Corpo seis. Sim, sabemos. Corpo sete. Ouvimos com o coração batendo de horror. Corpo oito. Nossas bocas estão trêmulas³. Corpo nove. Não dá mais pra segurar. Corpo dez. Somos elas.

Recomeçar. Contar os corpos, não sorrir. Somar. Olhar. Reerguer as quedas. Cuidar. Juntar. Nós, as outras. Nós, outras.  Nós-otras. Nó-sou/outras. Nosotras.

 

 “MET2

Tartaruga Falante + Krizo (Porto e Braga)

19 de março às 21h30

Esta é uma peça de teatro-fórum que começou a ser criada no encontro Óprima!2013, em Braga, foi trabalhada pelas Tartarugas Falantes e pelo NTO-Braga e tem sido apresentada em diversos contextos (escolas, encontros de trabalhadores precários, encontros de teatro) como forma de despoletar o debate sobre o desemprego, a precariedade e o empreendedorismo.

“Não a queremos mais como colaboradora.”, “Não lhe podemos renovar o contrato.”, “Vai ter de cessar funções.”, “ Está dispensada”. Depois de ter contestado trabalhar continuamente horas extraordinárias sem ser remunerada, Alice ficou sem emprego. E sem dinheiro. Será culpa sua? Será que não se “está a mexer” suficientemente? Deve a Alice criar o seu próprio emprego? Bastará acreditar mais em si própria? Esta peça, além de uma criativa descodificação do “mundo encantado do empreendedorismo”, é uma oportunidade para pensarmos mais, para discutirmos mais e para agirmos mais

 

“En el mismo barco”

La Trinchera Gto (Madrid)

20 de março às 21h30

Em “En el mismo Barco” apresenta-se a história de uma mulher que vive uma situação de opressão no local de trabalho. Professora de castelhano, empregada de mesa, balconista, operadora de callcenter, etc, etc. Muitos currículos e, por fim, um emprego. O que significa um emprego para ti? Até onde estás disposto a ir para manter o teu emprego? É imprescindível ceder? Dizem-nos que temos de colaborar, que temos de fazer sacrifícios, estamos no mesmo barco…será que estamos?

G.T.O. LaTrinchera surgiu de forma orgânica, sem um objetivo específico, mas com um denominador comum. Ana, Esmeralda, Amadeo, Eva e Inma foram, cada um num momento, alunas e alunos de Vanesa, a sétima pessoa do grupo. Desde que chegou a Espanha vinda da Argentina, Vanesa começou a orientar oficinas de teatro das oprimidas e dos oprimidos em vários espaços em Madrid e foi nesses espaços que se cruzaram todas as pessoas que hoje formam o La Trinchera.

O motor de arranque do primeiro trabalho do grupo foi o tema da precariedade no trabalho e as diferentes explorações sofridas no trabalho.

 

“ 2016 – Uma odisseia num centro de emprego”

InterDito (Coimbra)

21 de março às 18h30

Precariedade em cena(s). Diferentes enquadramentos de uma problemática que grassa e se vai perpetuando na nossa sociedade. Como actuar perante este tipo de situações? Como transformar a nossa acção quotidiana para conseguir maior equidade social?

O Grupo de Teatro InterDito foi fundado em 2007, partindo da cultura como ferramenta de crescimento e enriquecimento académico e pessoal dos seus participantes, os estudantes da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCE-UC). Assume-se como um laboratório de autoconhecimento e intervenção social, contribuindo para esta definição as diversas formações de actor, dinâmicas de grupo, desenvolvimento pessoal, peças e intervenções que o grupo encenou, ao longo do seu percurso.

 

 “O amor não escolhe a quem ama”

PAR’SER – ILGA (Lisboa)

21 de março às 21h30

Rita recentemente descobre que gosta de raparigas. Carla tem as mesmas preferências sexuais que a prima, mas já “saiu do armário” tanto na escola como junto da família. Rita teme contar à família sobre a sua orientação sexual. Encontra na Prima uma confidente e amiga. A família de Rita não vê esta amizade com bons olhos. Na escola e em casa o mesmo clima de repressão. Solidão e tristeza acompanham os dias de Rita. Como ultrapassar a descriminação de que é vitima? É possível negar esta parte da sua identidade? Será esta forma de amor menos válida? Como podemos ajudar a Rita a enfrentar os amigos e a família?

Grupo de teatro que utiliza diversas metodologias de teatro (Teatro do Oprimido, Teatro Playback, teatro participativo, entre outras) nas suas produções. As peças/performances serão fruto de uma investigação e encenação coletiva com base em temas acolhidos pelo grupo. Pretende-se que seja um espaço de luta contra a discriminação em função da orientação sexual e da identidade de género, de defesa da igualdade de género e dos Direitos Humanos, bem como um “laboratório” potenciador e promotor de uma cidadania ativa e mudança social.

 

 “Resultados do óprima!2016”

22 de março às 18h30

 

“É assim”

ContraPressão (Lisboa)

22 de março às 21h30

As universidades estão cada vez mais direccionadas a funcionar com base em indicadores e rankings de produção em detrimento do pensamento crítico. A Andreia é uma bolseira de investigação que, tal como outrxs, se vê encurralada entre as suas convicções e as pressões da “indústria de produção académica”. Quais as consequências da mercantilização do saber e da massificação da produção científica para quem desenvolve trabalho de investigação, em particular, em situação de precariedade? Quais as alternativas e as possibilidades de transformação?